Em pleno mês de fevereiro, depois de quatro rodadas de negociações, os
trabalhadores do comércio de Picos continuam sem definição do valor dos seus
salários em 2019. A situação é devida o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio
e Serviços de Picos (SINTRACS) e a classe patronal ainda não estabelecerem um
acordo.
Segundo o presidente do Sindicato, Marcos
Holanda, a proposta apresentada pelo Sindicato de R$ 1.120 foi prontamente
rejeitada pelos empresários que apresentaram como contraproposta a remuneração
de R$ 1.099, valor inferior ao aumento de 4,6% no salário mínimo brasileiro:
“Diante do impasse, o valor ideal seria os R$1.100 que representa um
reajuste de apenas 4,27%, mesmo sendo abaixo do aumento do salário mínimo. É
lamentável porque sempre definimos o valor do salário comercial acima do
nacional”, afirmou o sindicalista.
Em se tratando do impasse e da possibilidade
de recuo da proposta, Marcos Holanda pontuou que o Sindicato pode voltar atrás,
porém quem sairá perdendo é o trabalhador:
“Tudo é possível. Se for preciso se voltar atrás em alguma coisa, não há
problema nenhum, mas é sabendo que quem perdeu foi o trabalhador. Não vamos ter
uma queda de braço, propusemos um valor e o trabalhador vai ter que se
conformar com um valor menor”, disse.
A próxima rodada de negociações está prevista
para acontecer no dia 13 de fevereiro. A expectativa é que o acordo possa ser
definido no presente encontro:
“Vamos com muita tranquilidade se tiver que perder, quem perde é o
trabalhador. Estamos enfrentando dificuldades na negociação por conta da
reforma trabalhista e é possível que nos anos posteriores elas aumentem”,
concluiu.
O Assessor Jurídico do
SINTRACS, Giovani Madeira, destaca que:
“As negociações vão além da
fixação do salário. Nós prezamos, também, pelo respeito a jornada de trabalho
da categoria. Ressaltamos que estamos
de portas abertas, preparados para quaisquer esclarecimentos, esperançosos na
solução dos impasses e à disposição para análise de eventuais novas propostas,
desde que sejam em benefício da categoria comerciária”, concluiu.
Fonte:
Folha Atual
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